LONNIE LISTON SMITH


Um dos tecladistas mais reconhecíveis de todos os tempos, Lonnie Liston Smith tem sido uma figura crucial na contínua evolução do jazz por mais de cinquenta anos. Tendo trabalhado e se apresentado com alguns dos maiores inovadores do gênero, ele é responsável por algumas das principais mudanças estilísticas do jazz e por levar o Jazz-Funk em novas e emocionantes direções. Suas notáveis participações como sideman ao lado de gigantes como Pharoah Sanders, Max Roach, Art Blakey, Gato Barbieri, Miles Davis e Rahsaan Roland Kirk, junto com sua produção como líder de seu próprio grupo, permanecem como alguns dos trabalhos mais criativos nos teclados de todos os tempos. Ele é reverenciado por gerações de músicos e continua a ser uma presença importante na formação dos sons contemporâneos.

Lonnie começou sua carreira na década de 1960 como pianista e vocalista na Ópera Metropolitana de Baltimore. Suas primeiras aparições notáveis incluem apresentações com músicos como Gary Bartz, Grachan Moncur III e Ethel Ennis. Em 1965, Smith iniciou sua colaboração com Rahsaan Roland Kirk, fazendo sua estreia em gravações no álbum ao vivo Here Comes The Whistleman. Na segunda metade da década, ele se tornou uma força motriz por trás de álbuns cruciais de Pharoah Sanders e Gato Barbieri, contribuindo de forma significativa para algumas de suas obras mais conhecidas e inovadoras, incluindo Karma e Fenix. Foi nesse período que Smith também começou a gravar com o Fender Rhodes, que usaria para redefinir os limites do Jazz ao traduzir a energia dinâmica do Spiritual & Free Jazz para uma paleta mais suave e derivada do groove. Mais tarde, ele combinaria isso com a propulsividade do Funk, ritmos latinos e sul-asiáticos, criando um som que era ao mesmo tempo meditativo e percussivo, tornando-se um padrão para seus contemporâneos.

O trabalho mais reconhecível de Smith pode ser as gravações feitas com seu grupo, Lonnie Liston Smith and the Cosmic Echoes, ao longo da década de 1970, pela Flying Dutchman Records. Foi nesse período que o som que Smith vinha explorando atingiu seu pleno potencial. Álbuns como Expansions e Visions of a New World são considerados algumas das gravações mais influentes daquela era, celebrados por sua prontidão para as pistas de dança e introspecção espiritual, muitas vezes dentro da mesma faixa.

Décadas depois, a música da era Cosmic Echoes continua sendo procurada por fãs ao redor do mundo e segue influenciando seus contemporâneos. Seus discos se tornaram peças essenciais nas coleções de DJs influentes, como Dave Mancuso, Larry Levan e Gilles Peterson. Também foram sampleados por artistas como Jay-Z, Chance the Rapper e Stetsasonic, entre muitos outros. Nos anos 1990, Smith colaborou com pioneiros do Hip-Hop, como Guru, aparecendo em álbuns revolucionários, incluindo o Jazzmatazz de 1993. Hoje, ele continua a fazer turnês e inspirar legiões de novos ouvintes, permanecendo uma das figuras mais reverenciadas do Jazz.



LIVE AT JAZZ IS DEAD

THE VINYL: JID011

Ill.ADVISED

THE SESSIONS